Consigo, lá volta o Verão a sua casa,
Abrindo o mar na sua caravela,
Pintando o céu de aguarela.
Ouvi o equinócio mudar de oitava,
Enquanto na paragem esperava
Que o tempo se esquecesse de passar,
Para não me lembrar de onde tinha de chegar.
Mas, a mim ninguém ouve quando canto.
E, quando a maré já não tinha mais encanto,
O tempo não parou nunca de passar.
Eu apanhei-o e prometi mudar.