E da herança de toda a obra humana –
Os motores e as maquinas que os criam,
As grandes casas e os engenhos que as montam,
Os empregos e os escravos que os sustentam –
Sobrou o começo de tudo isso,
O verdadeiro engenho de tudo isso,
O ínfimo propósito de tudo isso;
A pergunta motora obtusa:
Porque aqui estamos?
A obra humana é, afinal, uma labiríntica capicua,
A pergunta termina onde começa.
E é quando a língua toca os dentes,
Rasga os obstáculos da linguagem e pronuncia a pergunta em
si,
Monitoriza às cordas vocais a vibração para falarem,
E aos pulmões a contenção para não respirarem –
No tempo em que todos os fenómenos se dão, com a beleza que
a Natureza lhes deu –
O Homem recria o mundo.
Mas não encontra a resposta.