O meu nome é das ruas,
Pensei que não fosse por boas vindas,
Mas nas pétalas que vestem as gruas
Vejo como me saluda a cidade das mil vidas.
Mil vidas que colecionam uma pessoa,
Numa cidade em que as almas são vadias.
E há uma vontade tão forte que quase magoa
De seguir quimeras que não são minhas.
E, mesmo eu que nunca pensei ver cimento,
Sem um oceano que o consolasse no limiar,
Construo casas numa cidade com esse conquanto,
Sem que uma queixa seja tijolo para eu habitar.
(...)