Vezes que não pude contar
E o fresco deste velho ar
Nunca vai ser o que eu gostar
Eu sustive o meu sonhar
Por nunca saber lidar
Com a pressa de ter de chegar
Onde eu nunca quis estar
Ar fresco de madrugada
Um estendal, roupa lavada
É o início duma jornada,
Um adeus nunca foi nada
Ar fresco de madrugada
Um estendal, à mão lavada
Ar fresco duma jornada,
Um adeus nunca foi nada
E nunca voltar a ouvir
O grito de querer fugir
Com que eu tanto convivi
Sentir os vendavais de lá,
Desse sítio onde não nada há
Só ar fresco, mar e sal
Só ar fresco, mar e sal
Ar fresco e um tanto de vida,
Ar fresco, uma jornada vivida.