Campos de minas nas universidades –
Ignorância a explodir com a mediocridade.
E em cada esquina, eu espreito,
Um olhar de bandido sem grande jeito.
A um passo de pisar a sala de aula minada
Por discursos descongelados à força de espingarda.
Palavras caras para putos sem dinheiro,
Empilhadas numa escada para um ego soalheiro.
Um passo de distância das mentiras que produzem.
Um passo de distância das verdades que conduzem,
Por estradas da morte, em Pedrógãos sem sorte,
À procura de culpa, do fraco ou do forte.
Treinados para um mundo já inexistente,
No momento em que a bomba cai no Oriente.
Estudantes são soldados que marcham por uma nação
De verdades incumbidas sem poder de argumentação.
E, descontente, anseio pelos gritos dos estudantes,
À porta da reitoria, de traje e espumante,
‘’Queremos a merda da verdade,
O emprego prá mocidade!’’