Enquanto os teus pequenos órgãos
Passam pela metamorfose
Para que sejam da mulher que sei que serás,
Eu estarei longe, mas sempre desejando
Que ouças as minhas palavras.
Canto e espero talvez chegar a algum lado,
Causar em ti o sono de bebé,
E dissolver o teu olhar no oceano que te escrevo -
Palavras de milhões de anos,
Para um ser de pequenos segundos.
Meu pequeno grão do meu irmão,
O céu não vai a parte alguma,
Nem longe, nem perto,
Está sempre ao alcance do teu olhar –
Usa-o como uma mira,
E mira como te mira de volta,
Para que não te esqueças até onde podes sonhar.
Eu sonhei toda a minha vida,
E agora nasceste tu,
Sonharei uma vida mais,
Não só a minha, como a tua.
Meu pequeno grão do meu irmão,
Estas palavras nunca crescem,
Mas tu crescerás com elas.
E eu aqui estarei,
Para que cresças com muitas mais.